G20-Argentina, Movimentos Sociais
O Grupo dos 20 (G20), também chamado de G20 Financeiro, criado em 1999, é formado pelas 19 maiores economias do mundo, representadas pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais, mais a União Europeia, representada pelo Banco Central Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu. A Cúpula do G20 realizada na Argentina foi a primeira na América do Sul.
Diante da previsão de uma grande mobilização popular, como já aconteceu em edições anteriores, fui para Buenos Aires realizar a cobertura das atividades e manifestações contrárias ao G20. O governo da Argentina anunciava cerca de 30 mil agentes das diferentes forças do Estado que fariam a segurança do encontro.
Em contraposição ao G20 surge a ‘Confluencia Nacional Fuera G20/FMI’, uma articulação de organizações sociais, políticas, sindicais, camponesas, feministas, territoriais etc. Essa articulação promoveu A Cúpula dos Povos, que reunia várias organizações de diferentes partes do mundo para repensar modelos alternativos de vida. Além disso, ao longo da semana de ação global contra o G20, foram realizados workshops, fóruns de discussão, intervenções artísticas e outras atividades para repudiar as políticas promovidas por este grupo de países e empresas transnacionais e para trocar experiências.
Uma das críticas à cúpula do G20 é de que essas reuniões não fazem nada além de reforçar o poder do setor privado e ter uma visão financeira de obtenção de lucro sobre a natureza. Disse uma das porta-vozes da Cúpula dos Povos:
“A agenda do G20 e do FMI não leva em conta os direitos do povo, da natureza, de cada um de nós”
No dia 27 fui ao Estádio Atlanta, em Buenos Aires, fotografar o encontro de diversos movimentos sociais e camponeses que se reuniram como parte das atividades da semana de ação global contra o G20.
Cerca de 50 mil pessoas estavam presentes. Uma das pautas – entre tantas – era o fim do acordo firmado entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional (FMI); órgão que participa da cúpula.
