Fuera G20/FMI e Cúpula dos Povos
A ‘Confluencia Nacional Fuera G20/FMI’ é uma articulação aberta de organizações sociais, políticas, sindicais, camponesas, feministas, territoriais etc. Essa articulação promoveu A Cúpula dos Povos. Durante a Cúpula dos Povos, várias organizações de diferentes partes do mundo se reuniram para repensar modelos alternativos de desenvolvimento. Organismos sociais e políticos, sindicais, operários, camponeses, povos indígenas, mulheres e dissidentes, migrantes, territoriais, anti-extrativistas e direitos humanos.
Além disso, ao longo da semana de ação global contra o G20, foram realizados workshops, fóruns de discussão, intervenções artísticas e outras atividades para repudiar as políticas promovidas por este grupo de países e empresas transnacionais e para trocar experiências e propostas alternativas. O historiador e pesquisador Leandro Morgenfeld fala sobre a pouca representatividade do G20:
“No G20 estão representados os países do G7 – formados na década de 1970 por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido –, que há 10 anos aderiram aos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e alguns países não centrais, como Argentina e México, para ter maior legitimidade diante da crise internacional”, lembrou o especialista e alertou que muitas regiões do planeta estão muito sub-representadas: “Apenas 3 da América Latina participam dos 33 países da região, na África são mais de 50 países e apenas a África do Sul participa, e a Ásia também está muito sub-representada.”
Morgenfeld também é integrante da Assembleia Argentina Melhor sem TLC e da Confluência contra o G20 e o FMI que promoveu o desenvolvimento da Cúpula dos Povos (realizada paralelamente ao G20).
Assim formado, esse grupo de países que concentra 85% do produto bruto mundial, dois terços da população e 75% do comércio internacional define as diretrizes políticas e comerciais do mundo. Para isso, atuam em consonância com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC, que também se reuniu no final de 2017 em Buenos Aires e provocou rejeição).
Um dos eixos mais relevantes e polêmicos do G20 são as mudanças climáticas, que foi retirada da lista de prioridades por pressão dos EUA, país que abandonou o acordo de Paris em 2017, que culminou na última reunião do G20 sendo o primeiro a concluir sem declaração assinada.
Nesta ocasião, o tema do aquecimento global também não apareceu na agenda de trabalho do G20, mas foi fundamental no Fórum sobre Bens Comuns e Soberania na Cúpula dos Povos.
Para mais detalhes: https://noalg20.org/