Madres de Plaza de Mayo
As Madres de la Plaza de Mayo é um grupo de mães que tiveram seus filhos assassinados – ou desaparecidos – durante o terrorismo de Estado da ditadura militar Argentina, que governou o país entre 1976 e 1983. Elas se organizaram em busca do paradeiro de seus filhos.
As mães começaram a fazer passeatas em 1977 na Praça de Maio, em Buenos Aires, em frente a Casa Rosada, a sede do governo argentino, em desafio público ao regime, destinado a silenciar toda a oposição política.
Vestindo lenços brancos na cabeça para simbolizar as fraldas de seus filhos perdidos, as mães marcharam para protestar contra as atrocidades cometidas pelo regime militar. Elas responsabilizaram o governo pelas violações de direitos humanos que eles cometeram durante o período em que estiveram no poder.
“Marchamos na Praça de Maio. Ali no reunimos com nossos filhos, ali nos sentimos vivas.”
Durante a redemocratização iniciada em 1983, as mães seguiram exigindo justiça e realizando protestos.
Há mais de 40 anos elas realizam a marcha na Plaza de Mayo toda quinta-feira, em memória de seus filhos e para comemorar a longa luta de resistência à ditadura. Mas elas permanecem lutando, como declarou ao jornal Brasil de Fato, em 2019, Hebe de Bonafini: “Sempre [atuando] pelos mesmos motivos, a desigualdade, a fome, o desemprego, a privação da liberdade, a tortura, a falta de acordo, os traidores que geralmente são muitos e os que acreditam que a política é um caminho para conseguir um cargo. Então, tudo isso tem que ser pensado com trabalho, falando, escrevendo, discutindo.”
Em novembro de 2018 tive a honra de registrar de perto a histórica marcha de las madres.





























