Bio

Rafael Daguerre é fotojornalista, cinegrafista, editor, repórter e documentarista.

Reconhecido pelo seu trabalho com foco em questões sociais, Rafael obtém vasta documentação de movimentos sociais e mobilizações populares ao longo de mais de uma década de trabalho.

Inicia na fotografia (com filme) em Belo Horizonte, onde morava na época. Volta para o Rio de Janeiro e trabalha na produtora Digi2, como fotógrafo.

Com trabalhos em jornais e revistas alternativas, ingressa no fotojornalismo. Participa de pequenas exposições de fotografia no Rio de Janeiro.

O primeiro trabalho no cinema independente é como fotógrafo still para o documentário Registros e Diálogos: Tecendo a Igualdade. Em 2011, realiza a exposição Imagem & Mulher em Foco.

De forma autodidata, inicia no audiovisual com reportagens e documentários curtas-metragens.

O curta-metragem MARAKÁ’NÀ é parte desse processo. O documentário conta a história de três locais na região do Maracanã que lutaram contra as remoções para a realização da Copa do Mundo no Brasil (2014) e Olimpíadas (2016) no Rio de Janeiro.

O filme (finalizado em 2019) foi selecionado em oito festivais de cinema, quatro internacionais:

– Mostra do Filme Marginal (Brasil, 2019);
– Annals of Crosscuts – Films of Environmental Humanities (Suécia, 2019);
– Festival Minuto 90 – M90 (Peru, 2021);
– Filmzeit Kaufbeuren (Alemanha, 2021);
– Pravo Ljudski Film Festival (Bósnia e Herzegovina, 2021);
– FIC RIO (Brasil, 2022);
– Pupila Film Festival (Brasil, 2023);
– FestCine Itaúna (Brasil, 2023);

Em 2014/2015 participa do Projeto Olhares Reabertos como professor de fotografia na favela da Rocinha. O resultado do curso foi uma exposição com as fotografias dos próprios estudantes. As imagens foram expostas na Biblioteca Parque da Rocinha e no Museu da Maré.

A partir da perspectiva do fotojornalismo independente, que tem como pilares a liberdade e a autonomia de pauta, funda em 2016, com um grupo de pessoas, a Mídia1508, um coletivo de jornalismo independente.

Em 2017, inicia uma parceria com o diretor de cinema Uilton Oliveira em outra área da comunicação, com a Mostra do Filme Marginal, projeto de exibição de filmes do cinema independente brasileiro.

Em 2020, trabalha na montagem/edição do documentário Confederação dos Tamoios: A Última Batalha, do diretor Carlos Pronzato, em 2020. O filme foi premiado na categoria documentário no 37° Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo.

Em 2021, trabalha como fotógrafo still e também na montagem e finalização do premiado curta-metragem experimental Nossos passos seguirão os seus…, de Uilton Oliveira. O curta foi selecionado em mais de vinte festivais de cinema, nacionais e internacionais.

Em 2022, nos médias-metragens Eu sou Nair Jane – A luta das trabalhadoras domésticas, do diretor Carlos Pronzato, e A voz dos movimentos sociais do Cedim: lutas, conquistas e desafios, da diretora Eunice Gutman, Rafael faz a fotografia adicional e a edição/finalização dos filmes.

Ainda em 2022, é um dos cinegrafistas do filme O Futuro é Nosso, do renomado diretor Silvio Tendler.

Em 2023, trabalha no documentário Olga e Luiz Carlos – Uma história de amor (ainda em produção), também de Silvio Tendler.

Ao longo dos últimos anos, Rafael realizou diversos trabalhos que atravessam temas como racismo, violência policial, direito à moradia, violência de gênero e a causa indígena.

LIVROS E PRÊMIOS

FOTOGRAFIA:

Com importante trabalho em 2013, ao registrar as históricos mobilizações daquele ano, é convidado a ilustrar os livros:

– “2013: Revolta dos Governados“, de Wallace de Moraes;
– “2013: Memórias e Resistências“, de Camila Jourdan.

E com um trabalho não menos importante, o registro da luta de mães vítimas da violência do Estado, colabora com o livro:

– “Cada luto, uma luta“, de Etyelle Pinheiro de Araújo.

AUDIOVISUAL:

– 2020 / O filme média-metragem Confederação dos Tamoios: A Última Batalha foi premiado na categoria documentário no 37° Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo.

– 2021-22 / O filme curta-metragem Nossos passos seguirão os seus… recebeu o prêmio de Melhor Filme, júri técnico, na IV Mostra de Cinema Negro de São Félix (BA) e o prêmio de Melhor Filme da 3° FAN Baixada – Festival Audiovisual Negritude da Baixada Fluminense.

JORNALISMO:

– 2023 / A Câmara Municipal do Rio de Janeiro através da Vereadora Mônica Cunha entrega a Moção de Reconhecimento e Louvor em homenagem a Rafael Daguerre pela sua trajetória e contribuição para uma Comunicação Antirracista.

– 2023 / XII Prêmio AJURIS de Direitos Humanos pela reportagem “Aldeia luta pela sobrevivência
na capital do país; a menos de 20 minutos da praça dos Três Poderes”.