
Greve dos Garis
A greve dos trabalhadores da limpeza urbana, ou como ficou conhecida, a ‘Greve dos Garis’, ocorreu no início de 2014.
Os garis fizeram um protesto no Centro na manhã do dia 1° de março, quando começou oficialmente a greve. Eles se concentraram na Prefeitura, na Cidade Nova, e caminharam até o Ministério Público do Trabalho, onde um grupo – acompanhado de representantes de advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB e de políticos – foi recebido pelos procuradores. Cerca de 3 mil trabalhadores participaram da manifestação. Na semana antes do início da greve, os trabalhadores realizaram duas manifestações.
Os trabalhadores precisaram romper com o Sindicato, que não apoiou a paralisação. A greve, sem dúvida, entrou para a história das lutas populares do país – que veio de um dos setores mais precarizados da sociedade. O movimento conseguiu mobilizar a categoria e reunia milhares de trabalhadores em assembleias que ocorriam na rua.
A audiência de conciliação entre a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que estava agendada para a próxima terça-feira (11), foi antecipada para o dia 8 de março e foi realizada na Justiça do Trabalho, no Centro.
A greve terminou no início da noite do dia 8 de março. A prefeitura fez uma proposta de R$ 1.050 para salário-base (aumento de 37%), os garis em greve não aceitaram e fizeram uma contraproposta, de R$ 1.100, que foi aceita pelo governo municipal.
Além do aumento do salário, que anteriormente era de R$ 803, subiu também o ticket-refeição, de R$ 12 para R$ 20.
As toneladas de lixo que ficaram espalhadas pelas ruas de diversas regiões do Rio, com destaque até na imprensa internacional, apresentou à sociedade a importância de um trabalho extremamente estigmatizado socialmente: a limpeza urbana – e o mais importante, evidenciou a sua relação direta com a saúde pública.


